Vivemos em um mundo que está passando por uma fase complexa de mudança, uma verdadeira revolução que também é sentida no campo da moda e vestuário, onde tendências e novidades vêm em primeiro lugar e até são antecipadas pelas próprias marcas e pelos consumidores mais modernos, cada vez mais ativos através das mídias sociais. Investir em moda é, portanto, cada vez mais difícil, e o gerenciamento da cadeia de suprimentos desempenha um papel fundamental aqui.
A pesquisa BoF-McKinsey "State of Fashion", realizada por meio de entrevistas com gerentes desse setor, é muito indicativa: a palavra que mais frequentemente vem à mente dos profissionais (em 34% dos entrevistados) é "mudança", e as próximas duas são "digitais" e "rápidos". Uma sensação encontrada também inteiramente pelos consumidores, que com demandas novas e desafiadoras impõem mudanças nas empresas. Se adicionarmos uma previsão de desaceleração do mercado para os dados de 2019, de acordo com o McKinsey Global Fashion Index, passaria de um crescimento de 4-5% em 2018 para um crescimento de 3,5% em 2019, com ferramentas sociais e on-line, capaz de trazer novos operadores para o centro das atenções com poucos meios econômicos, fica claro que nenhuma empresa pode se dar ao luxo de enfrentar o mercado sem ter todos os "fundamentos" do negócio em excelente condição para executar. A cadeia de suprimentos é uma delas, pois é crucial responder às demandas dos consumidores e estar presente rapidamente no mercado.
Portanto, vemos o processo de produção de um novo item de moda ilustrado em 4 pontos:
1. A Produção
Quer se trate de roupas feitas por uma marca, em nome de uma marca ou em nome de um varejista que vende roupas com sua própria marca, a produção está sujeita às demandas dos consumidores em um mercado cada vez mais rápido. A questão está sujeita aos caprichos da moda, às escolhas dos influenciadores on-line: prever não é fácil. Portanto, a produção é um processo comercial contínuo que pode estar sujeito a alterações de direção durante a jornada. Além disso, os novos desafios da economia circular colocam a questão da remanufatura de peças de vestuário usadas para serem reintegradas ao circuito de vendas: um assunto muito atual, dado o crescente foco na sustentabilidade.
Há muitas perguntas que devem ser respondidas: quanto produzir? Quanto tempo? Quando enviar? A que preço? Quanto terceirizar?
2. O Design
O design da coleção é um aspecto essencial do sucesso do fast fashion e está intimamente relacionado ao tempo necessário para produzir as peças de vestuário. Não é por acaso que o sucesso da moda rápida se baseia, precisamente, na capacidade de trazer rapidamente roupas da moda para o mercado. A demanda do mercado e, portanto, dos varejistas, vai para o ajuste sazonal com novas peças de vestuário que devem chegar à loja pelo menos duas vezes por mês, para convencer os consumidores a preferir a loja física à loja on-line. Portanto, é importante entender como a sua empresa é flexível, quanto tempo leva para iniciar uma nova coleção sem descurar a importância de melhorar o lado verde da empresa.
3. A escolha do canal
Após a coleta, por qual canal chegará ao consumidor? A resposta mais óbvia seria através de todos os canais, tanto físicos como online, e também através de todas as variações possíveis que podem ser criadas misturando as duas opções: click&collect, showrooming na compra física e online, compra física e entrega em domicílio. Os modelos de negócios são igualmente ilimitados e muitas vezes ainda precisam ser explorados, pois as perturbações na indústria da moda costumam ocorrer nesta fase da cadeia de suprimentos. As fórmulas de vendas, os preços e os serviços relacionados mudam de acordo e, para o gerenciamento da cadeia de suprimentos, o impacto é significativo: pense na questão dos prazos de entrega ou das fórmulas automatizadas que, por exemplo, incluem entrega em uma caixa localizada em um site específico, diferente do domicílio, ao qual o cliente acessa por meio de um código pessoal. A escolha do canal também afeta a quantidade de mercadorias a serem enviadas: o online permitiu o desenvolvimento de lógicas de entrega (e, portanto, também de produção) sob demanda, enquanto apenas alguns anos atrás a tendência era justamente o oposto.
A pergunta que resta ser feita é uma: como serão os negócios de amanhã e o que precisa ser feito para evitar ser deixado para trás?
4. A Expedição
O planejamento do transporte de mercadorias é um elemento crucial da equação de gerenciamento da cadeia de suprimentos. O software de previsão de demanda alinhado à capacidade real de produção da empresa, incluindo parceiros de terceiros, ajuda a definir como se mover. A volatilidade e as contingências do mercado estão sempre presentes. Novas e velhas questões ecoam nas mentes dos produtores: com que frequência enviar? Que quantidades? Velocidade e economia são compatíveis com a sustentabilidade ambiental?
Cada uma dessas quatro operações requer um conhecimento detalhado do que está acontecendo na fábrica, em tempo real. Portanto, são necessárias ferramentas de gerenciamento adequadas, na perspectiva do Lead 4.0.